Cuscuz da Irina

Fui almoçar com uma amiga querida no Cuscuz da Irina, da chef @irinacordeiro que eu adorava acompanhar no Masterchef Profissionais. O local é muito lindo e assim que você entra, se sente numa casinha no Nordeste. Para beber, eu escolhi a Cajuína (R$13) feita na casa, com referência ao refresco feito no interior de Pernambuco. Gostosa e super leve! Minha amiga escolheu o drink Caju Inimigo (R$39) feito com cajuína, compota de caju, cachaça e limão. O drink era uma delícia, com o sabor da cachaça bem presente. De prato principal escolhi o Sertão (R$62), feito com cuscuz soltinho com carne de sol na nata, queijo coalho, salada de feijão fradinho, coentro e manteiga de garrafa. Pensa num prato bom? Era esse! A carne de sol estava extremamente saborosa, a salada de feijão fradinho era muito boa e o coentro deu um sabor único. O cuscuz era perfeito, o melhor que já comi. Coloquei um pouquinho da Pimenta da Casa que era muito saborosa e super leve na ardência. Minha amiga escolheu o prato Vuco Vuco (R$62) que tinha a mesma base do meu, só que com cogumelos à moda nordestina, macaxeira e jerimum. Bem gostoso também! De doce, dividimos a Fatia Parida (R$39), uma rabanada de brioche de milho finalizada com goiabada. Simplesmente incrível! Se tivesse um sorvetinho acompanhando, ficaria ainda melhor. O atendimento foi excelente e tudo estava muito bom! Gostei muito da experiência e já quero voltar. ⭐️9/10 Para mais reviews, confira meu Insta @reviewdalau :)

Simplesmente uma experiência incrível! Mesmo as porções que parecem pequenas, são de uma preciosidade saborosa que só você provando para entender. Já tive oportunidade de conhecer a chefe e sei o quão importante é prestigiar o trabalho dessa artista da culinária que é a Irina. Tudo aqui é extremamente saboroso e tem um toque de “casa“, que remete muito a culinária básica do nosso Nordeste brasileiro. Merece o destaque os atendentes que são extremamente solícitos e dispostos a te ajudar a entender o que seria uma boa opção para você naquele momento. Sobre a comida, vale ressaltar que tudo é muito bem temperado e a maioria das coisas leva coentro. Se você tem restrições com relação a isso, sempre lembro o atendente para ele te explicar e saber se dá pra tirar ou até mesmo reduzir a quantidade. As sobremesas são divinas e entregam muito sabor para fechar a sua experiência. Deixo meu registro aqui e digo: valeu cada momento e cada garfada!

Visitamos o Cuscuz da Irina no sábado, 8 de fevereiro, na unidade da Vila Amada da Lena. Pedimos o Cuscuz Sertão. O ambiente era pequeno, com mesas muito próximas umas das outras, música ambiente que dificultava a conversa e um barulho bastante alto. O local não tinha ventiladores ou ar-condicionado, então estava bem quente lá dentro. A comida chegou em um tempo razoável, não demorou, mas, pelo valor pago — R$ 62 o prato principal, mais R$ 13 pelas bebidas (no caso, a cajuína) —, o prato era muito simples. O cuscuz era bem normal, de fato estava molhadinho, mas isso é algo simples de conseguir, seja com leite ou com manteiga. A carne de sol feita na nata não era salgada, estava bem neutra, mas exatamente por isso, por não ter aquele sabor típico da comida nordestina, com temperos marcantes, o prato perdia identidade. Quando se vai a um lugar assim, espera-se que a comida traga a identidade da região, mas essa não remetia ao Nordeste, nem ao Rio Grande do Norte. A carne não tinha o sabor forte esperado, o queijo coalho não apresentava aquele gosto característico de um bom queijo nordestino, nem a textura ideal de um queijo coalho artesanal feito no Nordeste. Era muito parecido com aqueles que se compram no mercado para churrasco, com um sabor apático, muito suave, e uma textura borrachuda. Isso tudo fazia com que o prato não trouxesse a identidade que se espera da culinária nordestina. O vinagrete com feijão-fradinho, cebola e tomate também deixou a desejar, porque o feijão-fradinho estava muito duro, o que já tira pontos dessa combinação. A cajuína era normal. No geral, é um local que perde muitas identidades e entrega uma comida que não sei dizer se é feita para agradar o paladar do paulista ou se é o próprio paladar da cozinheira que faz uma comida sem a identidade da região.

O atendimento é ótimo, o ambiente é agradável (apesar de em alguns lugares a música ficar um pouco alta), a comida é honesta e a apresentação enche os olhos, embora não tenha me surpreendido tanto quanto eu esperava [comi o prato vegano] - talvez se tivesse mais salada de fradinho ficaria mais equilibrado. A pimenta no dendê servida a parte foi fundamental pra levantar o tempero. Voltarei para provar a pastinha sertaneja.

Gostei muito da experiência. Primeira vez que comi cuscuz e adorei. O atendimento também foi muito bom. Só senti falta de refrigerantes tradicionais, mas sei que é a proposta do local. O chá estava uma delícia e valeu a pena trocar a tradicional coca cola por ele